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my lavender haze

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30
Mar23

Experiência | Feijoada de choco com feijão azuki

Andreia

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A feijoada é aquele prato que nunca falha. Não tem de ser necessariamente um prato pouco saudável, e também não tem de ser desinteressante quando o tornamos mais saudável. 

A prova disso é que foi uma das receitas desta semana, e muito apreciada cá por casa. O feijão azuki foi a grande variação - a par da ausência de enchidos - relativamente à feijoada tradicional a que estou habituada, normalmente com feijão manteiga e algum chouriço.

Sim... chouriço, é chouriço, e dá um sabor difícil de alcançar sem a sua presença. Mas a minha pele é mais feliz sem ele, e consequentemente eu também, por isso vou deixar para os dia de exeção e ser feliz com o resultado desta experiência. 

O feijão azuki é uma leguminosa, nutricionalmente mais interessante, que o feijão tradicional. É mais facilmente digerível e uma boa fonte de proteína. Pessoalmente acho que é um feijão mais rijo e com um sabor menos intenso, no entanto, não desilude. Experimentem e digam, de vossa justiça. 

É importante referir que demolhei o feijão cerca de doze horas, colocando de molho na noite anterior à preparação, e cozi depois por cerca de  30 minutos. É fundamental demolhar as leguminosas, se sentir que faz sentido, mais a frente poderei escrever um post sobre este tema. 

 

Restantes ingredientes necessários para esta feijoada: 

1kg choco limpo*

300g cebola

3 dentes de alho

~3 colheres sopa de azeite (uso preferencialmente virgem extra)

200g polpa de tomate

250g cenoura em rodelas

500g feijão azuki cozido

1/2 colher chá paprika em pó

flocos de malagueta a gosto

sal e pimenta q.b

Preparação:

1. Cortar os chocos em pedaços pequenos

2. Picar a cebola e o alho

3. Colocar a cebola e o alho picados numa panela, adicionar o azeite, o puré de tomate e o louro. Refogar cerca de 10min

4. Adicionar a cenoura e os chocos. Cozinhar cerca de 20 a 25 min

5. Adicionar o feijão azuki cozido, juntamente com a paprika e os flocos de malagueta. Cozinhar ~10/15 min

6. No final, descartar a folha de louro e servir 

*Como comprei o choco fresco, para garantir que ficava tenro, cozi previamente a vapor na varoma da bimby com sal e pimenta, aproveitando enquanto o feijão cozia em baixo, no copo.

 

Espero que vos inspire 

 

 

26
Mar23

Massa vegan com cenoura, azeitonas e tomate

Andreia

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A partilha de hoje foi uma invenção recente inspirada na trend do tiktok / instagram da massa com tomate e queijo feta. Decidi juntar-lhe a cenoura, substituir o queijo, e gostei tanto do resultado que super recomendo a quem quiser experimentar esta variação. 

Já referi que amo massa, já referi que amo queijo, e por isso ando constantemente à procura de como adaptar isso a uma alimentação que não me tire o prazer de comer, e ao mesmo tempo não faça o meu queixo ser presenteado por novas borbulhas residentes. Mais do que o glúten, já comprovei que a lactose é mesmo o pior para o meu acne hormonal. 

Usei queijo vegan e na minha opinião, o sabor não é exatamente igual ao sabor de um queijo feta normal. Acho, no entanto, que substitui bastante bem a intenção de sabor.

Mais uma vez, recomendo a experiência. E vai ser repetido cá em casa, sem dúvida. 

 

Precisam de: 

200g massa penne sem glúten

3 cenouras

150g azeitonas pretas descaroçadas

150g tomate cherry

1 bloco queijo (~200g) estilo grego violife

sal, pimenta preta e oregãos q.b.

Preparação:

1. Pré-aqueçer o forno ~200ºC

2. Triturar as cenouras e colocar num recipiente de forno, juntamente com o tomate cherry cortado em quartos

3. Colocar um fio de azeite na mistura de vegetais e temperar com pimenta preta e oregãos a gosto

4. Abrir um espaço na mistura de vegetais e colocar o bloco de queijo

5. Polvilhar com mais oregãos e levar ao forno ~15min

6. Cozer a massa o tempo indicado na embalagem, temperando com sal a gosto

7. Retirar a mistura com o queijo do forno, e envolver bem até obter uma pasta alaranjada e cremosa

8. Escorrer bem as azeitonas e envolver

9. Quando a massa estiver cozida, escorrer bem, e misturar tudo no pirex

10. Servir polvilhado com mais oregãos ou pimenta preta (opcional)

 

Disfrutem, e partilhem 

25
Mar23

Dias de pre(ssa)guiça #1

Andreia

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Não adoro legumes, infelizmente, mas adoro sopa. Seja tempo frio ou quente tento ter sempre sopa feita em casa. É o meu "go to" aos legumes quando falta motivação para os comer, ou tempo para os cozinhar. Acho que posso considerar a sopa como uma das minhas confort foods saudaveis. 

Eu sei que a sopa não é a abordagem ideal no que diz respeito à ingestão de legumes - o ideal para mim seria as 200g de legumes cozidos por refeição - mas quando bate a preguiça é isto, ou nada. 

Esta semana os meus jantares foram muito à base de sopa e improviso com réstum (diga-se, restos vários de comida no frigorífico). A imaginação não tem dominado, o apetite à noite também não tem sido imenso, e estragar restos está fora de questão. Acho que seria giro ter aqui uma rúbrica para estes dias (tão frequentes) onde partilho o meu desenrasco, por isso aqui vai.

Não são as receitas mais elaboradas, o que tento fazer na hora do mix é ter uma quantidade de legumes, proteína, e algum hidrato de carbono simples (ou apenas legumes e proteína). 

Os desenrascos da última semana consistiram em:

- desfiar restos de dourada cozida a vapor para dentro de um creme de espinafres com curgete e gengibre

- desfiar restos de frango no forno para dentro de uma creme de beterraba com cenoura e batata doce

A verdade é que o aspecto não é gourmet nem tão pouco "instagramável", mas desenrasca muito bem, de forma leve e com sabor. 

Deixo-vos abaixo as receitas usadas para as sopas desta semana. Sou fã de cremes, por isso trituro muito bem até obter essa consistência - para quem usa bimby, gosto do truque dos 5 minutos (em vez do normal minuto e meio). Normalmente não coloco batata na sopa, e se colocar, é uma batata doce pequena quando uso beterraba ou aipo - na minha opinião pessoal ameniza o sabor de ambos pois não sou a maior fã... mas saúde é saúde, e há que arranjar estratégias. 

 

CREME DE ESPINAFRES COM ERVILHAS E GENGIBRE:

2 dentes de alho

20g gengibre fresco

200g cebola

100g ervilhas congeladas

700g curgete

150g espinafre descongelado

sal e pimenta preta q.b.

 

1. Cortar todos os legumes em pedaços

2. Colocar os legumes em ~800 - 900 mL de água a ferver, com exeção do espinafre durante 25/30 minutos, acrescentado sal e pimenta preta a gosto

3. Quando os legumes estiverem cozidos acrescentar o espinafre descongelado*

4. Triturar tudo de seguida até obter um creme homogéneo

*Coloco o espinafre ainda cru e trituro diretamente, é um questão de preferência, e os espinafres tendem a cozer rapidamente na sopa quente.

__________________________________________________________________

CREME DE BETERRABA COM CENOURA E BATATA DOCE:

2 dentes de alho

10g gengibre

10g curcuma fresca

100g cebola

100g curgete

100g batata doce

200g beterraba

300g cenoura

sal e pimenta preta q.b

 

1. Cortar todos os legumes em pedaços

2. Colocar todos os legumes em ~800 - 900 mL de água a ferver durante 25/30 minutos

3. Triturar tudo de seguida até obter um creme homogéneo

 

Espero que ajude de alguma forma a introduzir uma quota de cozinha saúdavel na vossa semana. 

18
Mar23

Queques sem farinha, com legumes e queijo vegan

Andreia

 

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Uma das receitas que fazia parte do plano de refeições desta semana era Queques com Legumes, sem farinha e queijo vegan

Amo queijo, e queijo é vida por aqui, por isso esta é mais uma das receitas queridas da casa. É rápida, eficaz, não tem lácteos, e não deverá demorar mais de uma hora no total. Foi inicialmente inspirada num livro da Tâmara Castelo, mas repeti tantas vezes que comecei a fazer os meus twists, até que cheguei à versão de hoje, que já sai (quase) em piloto automático.

Esta receita também pode resultar como quiche - já o fiz algumas vezes quando não há imenso tempo para untar forminhas - mas a minha abordagem preferida é mesmo em queques individuais.

Normalmente faço para jantar, acompanhado com uma sopa ou salada, e a contar que alguns sejam conservados no frigorífico para um almoço rápido no dia seguinte. Aqui em casa "teletrabalha-se", e se há coisa que tem de acontecer é garantir que há almoço pronto a aquecer no dia seguinte, para evitar tentações de pedir comida.

Também poderá ser uma opção de pequeno almoço, acompanhando com uma fruta. 

 

Seguindo para o que interessa, vão precisar de: 

- 6 ovos

- 3 colheres sopa trigo sarraceno cozido

- 3 colheres sopa queijo vegan* 

- 1 cenoura grande picada

- 1 alho francês picado

- 120 mL bebida vegetal (uso amêndoa)

- azeite para untar formas

- sal e pimenta a gosto

Preparação:

1. Pré-aquecer o forno a 200 ºC

2. Colocar o trigo sarraceno numa panela com água a ferver durante aproximadamente 20 minutos para cozer

3. Picar a cenoura e o alho francês

4. Bater os 6 ovos juntamente com a bebida vegetal até obter uma mistura consistente, depois acrescentar uma pitada de sal e pimenta

5. Juntar aos ovos batidos os legumes picados e envolver tudo

6. Adicionar o queijo vegan e o trigo sarraceno já cozido e escorrido 

7. Envolver tudo muito bem 

8. Untar cerca de 12 formas para queques com azeite e distribuir a mistura pelas formas

9. Levar ao forno cerca de 20 minutos, ou até começarem a ter uma cor dourada

10. Retirar do forno e deixar arrefecer antes de desenformar

 

*Por norma, o queijo vegan que uso é o queijo ralado da Violife.

 

Bons cozinhados 

15
Mar23

Sobre escapadinhas e manter o foco em semanas "meh"

Andreia

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Fugi da cidade no fim-de-semana, fui literalmente para o meio da serra durante dois dias, e foi tão bom, que voltar a encarar a semana tem sido uma tortura. E isso inclui arranjar motivação para cozinhar saudável.

Está a ser aquilo que adjetivo de semana "meh" - nada particularmente dramático a acontecer, nada particularmente bom, tudo sensivelmente chato e uma vontade muito grande de fugir outravez para o meio da serra, não um fim-de-semana, mas pelo menos uma semana.

Acho que é um problema geral, mas quando estamos neste modo, comer saudável pode ser complicado... pelo menos aqui por estas bandas, o cérebro só grita "manda vir hambúrguer, pizza, MASSA...". 

Para manter o foco e introduzir os meus legumes, preciso de arranjar estratégias (rápidas, preferencialmente) que de alguma forma me confortem o paladar, por isso olhando para o frigorífico surgiu a mistura de camarão, grelos e espargos cozidos a vapor, com ínhame. 

O ínhame é um tubérculo com uma textura e sabor idênticos à batata, e foi-me introduzido pela minha nutricionista. Até há pouco tempo nunca tinha consumido, mas fica a nota que é igualmente saboroso, e nutricionalmente mais interessante que a batata branca normal. Tem assim um aspeto branco/acinzentado, mas acredito que quem gosta de batata não irá estranhar o sabor.

Eu adoro camarão, e esta mistura para mim resultou muito bem. Nada elaborada, mas bastante prazerosa. 

 

Em termos práticos - para duas pessoas - usei: 

- 300g camarão inteiro

- 150g ínhame

- 250g espargos

- 250g grelos

- sal e pimenta preta (a gosto, para temperar os legumes)

Relativamente à preparação:

Costumo comprar o camarão já cozido. Retirei a casca enquanto os grelos, os espargos e o ínhame cozeram a vapor durante 25 minutos. Uso a bimby* em 3 andares para este feito: no copo com água e sal, coloco o cesto com ínhame dentro, na varoma os grelos, e por fim no tabuleiro da varoma, os espargos. Antes de iniciar a cozedura temperei os grelos e os espargos com uma pitada de pimenta preta.

Depois de tudo cozido, cada um retira a quantidade desejada para fazer o seu prato. Toda a preparação não deverá ocupar mais de uma hora.

Dica: No prato, podem colocar um fio de azeite temperado com alho e alecrim - adiciona sabor, e tanto o alho como o alecrim têm propriedades anti-inflamatórias. 

*Acho perfeitamente fazível sem uma bimby, a cozedura não tem de ser necessariamente ao vapor. 

 

Espero que seja uma partilha útil para dias/semanas em que as ideias e a motivação para cozinhar saboroso e saudável sejam poucas. 

 

08
Mar23

Pasta, confort food... ou uma espécie de Mac and Cheese

Andreia

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O grande desafio da minha vida saudável: evitar comer massa ou qualquer tipo de pasta com queijo que nunca mais acaba. Não há melhor definição - para mim - de confort food que massa com queijo, tomate, azeitonas, bacon... por aí. É tudo o que quero nos meus piores dias. E tudo aquilo que sei que é suficiente para dar entrada a uma nova borbulha no meu queixo.

Para alguém que tenta evitar lácteos e glúten, a missão não é fácil. E não é fácil porque a verdade, verdade... é que nunca é exatamente a mesma coisa. Não sou fundamentalista, e dou facadas na regra do No gluten, No lactose, No added sugar (mais que aquelas que deveria admito desde já). Mas tento sempre que sejam a exeção, e não a regra no meu dia-a-dia. Este é o meu ponto de foco.

Posto isto quero partilhar uma das minhas receitas preferidas de confort food saudável inspirada na pioneira do mundo da cozinha saudável Ella Woodward - Massa cremosa com creme de curcuma e ervilhas.

Juro que não sendo o mesmo que um verdadeiro mac and cheese, dá aquele quentinho na alma e nas papilas gustativas. 

Os ingredientes para esta receita são um must have cá em casa, para dias de emergência - também conhecidos por dias em que tudo o que nos salva o dia é MASSA!

 

Ora atentem ao que vão precisar:

- 250g massa penne sem glúten

- 150 caju crú (sem sal)

- 1 colher sopa azeite

- 1 dente alho

- 1 colher chá curcuma em pó

- Pimenta Preta a gosto

- 4 colheres sopa levedura nutricional

- 200 mL bebida vegetal (uso de amêndoa)

- 50g ervilhas descongeladas

- sal a gosto

- coentros e flocos de malagueta a gosto para guarnecer (opcional)

Preparação:

1. Colocar os cajús numa tigela com àgua ferver 

2. Cozer a massa durante o tempo indicado na embalagem

3. Equanto a massa coze e os cajús "amolecem" na água a ferver juntar numa liquidificadora: o azeite, o alho, a curcuma em pó, a pimenta preta, a levedura nutricional, a bebida vegetal e o sal. Triturar até obter um creme.

4. Nos último minutos de cozedora da massa adiciono as ervilhas

5. Quando a massa estiver cozida, misturar com o creme de curcuma e juntar com flocos de malagueta e coentros picados, caso apreciem.

 

Nota: Atrevo-me a dizer que a semelhança que encontro nesta receita face a um mac and cheese é o sabor conferido pela levedura nutricional, e a cremosidade obtida através dos cajus, parcialmente cozidos. A levedura nutricional é muitas vezes usada no mundo vegan/vegetariano para dar aquele toque... que só o queijo sabe dar, mas não lhe fica assim tão atrás. 

Disfrutem 

03
Mar23

1, 2, 3... Começar!

Andreia

Escrever um blog está em background no meu cérebro há demasiado tempo.

Primeiro porque adoro escrever, depois porque simplesmente gosto de partilhar coisas e com um blog poderia associar isso à escrita, depois fui viver sozinha, e percebi que a cozinha saudavel (e ás vezes não tão saudavel) era o meu momento mindfulness do dia. Um dos meus pequenos hobbies. Não é todos os dias que estou cheia de vontade de cozinhar, desde já assumo - mas em uma grande parte deles é o meu escape. 

Quem sou eu?

Sofro com acne desde a minha adolescência, e desde há uns anos para cá concluí que determinados alimentos que consumo são um trigger ao seu aparecimento. Não importava quantos rios de dinheiro gastava em ótimos produtos de skin care, só quando controlei aquilo que punha no prato é que a coisa começou a reverter com bons resultados. Quando percebi isto, marquei consulta com a minha nutricionista atual - que me direciona nas melhores estratégias - e depois de mergulhar em muito conteudo cientifico sobre alimentação percebi que se queria ter a cara limpa sem medicamentos mais agressivos, teria de seguir uma alimentação maioritariamente anti-inflamatória e fazer a suplementação adequada às minhas necessidades.

Eu sei que alimentação anti-inflamatória é um hot topic, mas não sendo nutricionista (muito importante) não pretendo vir para aqui dizer o que é suposto fazer. Sou formada em ciências biomédicas, mas não exerço atualmente, apesar de continuar a ser grande consumidora de contéudo científico. O meu grande objectivo é partilhar aquilo que funciona comigo... quero assumir o compromisso de ir partilhando algumas das minhas experiências na cozinha mais saudável (ou na vida, no geral) e quem quiser acompanhar é extremamente bem-vindo!

Vamos lá (finalmente) começar um blog. 

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